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LUSA |
17/06/2004 |
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Maputo, 17 Jun (Lusa) - O fundador da Comunidade de Santo Eg�dio, o italiano Andrea Riccardi, acusou hoje o Governo mo�ambicano de ter uma "pol�tica pouco clara na Sa�de" e queixou- se de falta de colabora��o das autoridades no combate � SIDA. Falando numa confer�ncia de imprensa, o dirigente da comunidade, uma associa��o p�blica de leigos da Igreja com sede em Roma, disse que a sua organiza��o enfrenta dificuldades na realiza��o em Mo�ambique do programa DREAM, um projecto desenvolvido para combater a SIDA na �frica sub-saariana. "� necess�rio uma colabora��o maior das institui��es de Sa�de com o programa DREAM", apelou Andrea Riccardi, que caracterizou os problemas como "dificuldades de uma administra��o p�blica que tem que se mover com maior agilidade". "As dificuldades s�o de direc��o pol�tica e de homens. E s�o dificuldades de impedimento burocr�tico e de uma pol�tica pouco clara de Sa�de", acusou o fundador da Comunidade. "Na pol�tica de Sa�de tem que haver uma compreens�o mais inteligente das for�as em campo", prosseguiu Andrea Riccardi. As rela��es entre o governo de Mo�ambique e a Comunidade de Santo Eg�dio t�m sido marcadas por cr�ticas m�tuas, considerando as entidades de Sa�de que a organiza��o nem sempre se integra no plano de Sa�de do pa�s. Uma dos intervenientes no processo que conduziu ao acordo geral de paz em Mo�ambique, em 1992, a Comunidade de Santo Eg�dio implementou o programa DREAM no pa�s em 2002, considerando que se trata de um dos casos de maior sucesso no combate � SIDA no continente africano. Desde essa data, a organiza��o reclama uma taxa de 97 por cento nos beb�s nascidos sem HIV de m�es seropositivas, "gra�as � terapia anti-retroviral a partir das 32 semanas e a uma abordagem global". Actualmente, o DREAM assiste cerca de 4300 pessoas infectadas, num processo de acompanhamento global.
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