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22/09/2006 |
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Jacarta, 22 set (RV) - Depois do fuzilamento dos tr�s cat�licos condenados � morte em agosto passado, na Indon�sia, centenas de pessoas sa�ram �s ruas, em sinal de protesto, acentuando ainda mais, a j� marcante divis�o religiosa existente nas ilhas Sulawesi (C�lebes). L�deres comunit�rios locais acreditam que as execu��es poder�o reacender a viol�ncia religiosa na regi�o. Multid�es saquearam lojas e atearam fogo a carros e a pr�dios do governo. Em Palu, onde foram realizadas as execu��es, n�o houve confrontos. Os crist�os se reuniram nas igrejas, para rezar pelos tr�s executados, que sempre alegaram total inoc�ncia. Os ataques de 2000, pelos quais os tr�s cat�licos foram executados, foram parte de uma onda de viol�ncia que deixou mais de mil mortos, de 1999 a 2001. O estopim da eclos�o dos confrontos foi uma briga entre grupos crist�os e mu�ulmanos, em 1998. Defensores dos militantes crist�os e grupos de direitos humanos questionaram a imparcialidade do julgamento. At� agora, nenhum mu�ulmano foi condenado � morte por participar dos confrontos em Sulawesi. Tr�s militantes mu�ulmanos est�o no corredor da morte, � espera de execu��o, por terem participado dos atentados a bomba, em Bali, em 2002, que mataram mais de 200 pessoas. A presid�ncia rotativa da Uni�o Europ�ia, atualmente em m�os da Finl�ndia, expressou indigna��o em rela��o � execu��o, e exortou Jacarta a aplicar uma morat�ria da pena de morte. A Santa S� tamb�m manifestou seu pesar: "Uma not�cia triste dolorosa. Toda vez que uma pena de morte � executada, � uma derrota para toda a humanidade" _ disse Pe. Federico Lombardi, diretor da Sala de Imprensa. Ele se manifestou tamb�m desolado com o fato de o apelo do Papa assim como os esfor�os de tantas organiza��es, como a comunidade romana de Santo Eg�dio, terem ca�do no vazio. A organiza��o de defesa dos direitos humanos, Anistia Internacional, tamb�m expressou indigna��o pela execu��o.
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