|
A Tarde (Brasil) |
21/10/07 |
|
|
O papa Bento XVI disse a l�deres de v�rias religi�es que a f� nunca deveria ser usada como justificativa para a��es violentas. A declara��o foi feita em encontro com aiatol�s, patriarcas ortodoxos crist�os, rabinos, monges budistas e pastores de diversas correntes. "Em um mundo ferido por conflitos, onde a viol�ncia � justificada em nome de Deus, � importante repetir que a religi�o nunca pode se tornar ve�culo para o �dio. Ela nunca pode ser usada em nome de Deus para justificar a viol�ncia", afirmou o pont�fice. "Ao contr�rio, religi�es podem e devem oferecer recursos preciosos para a constru��o de uma humanidade pac�fica, porque falam de paz no cora��o do homem." Durante missa a c�u aberto, Bento XVI condenou a viol�ncia prevalecente em N�poles e prop�s programas nas escolas e nos locais de trabalho para mudar a "mentalidade de viol�ncia" que, segundo ele, tem atra�do jovens que t�m poucas oportunidades econ�micas. "H� tantas situa��es de pobreza, de moradia inadequada, de desemprego e de subemprego, de falta de perspectivas para o futuro. N�o � somente o n�mero lament�vel de crimes da Camorra, mas tamb�m o fato de que a viol�ncia tende, infelizmente, a tornar-se uma mentalidade difusa, insinuando-se na vida social, no centro hist�rico e nos novos sub�rbios sem face, com o risco de atrair especialmente os jovens", acrescentou. Na catedral de N�poles, o papa rezou diante das rel�quias de San Gennaro, o patrono da cidade. Bento XVI almo�ou com v�rios l�deres religiosos, entre eles Din Syamsuddin, presidente da Muhammadiyah, segunda maior organiza��o isl�mica da Indon�sia, Yon� Metzger, um dos rabinos-chefes de Israel, o arcebispo de Canterbury (Igreja Anglicana), Rowan Williams, o patriarca ortodoxo Bartolomeu I, e o presidente do Conselho Mundial de Igrejas, reverendo Samuel Kobia, al�m de representantes budistas, hindus e zoroastristas.
|