Durante a oração ressoou a palavra do Senhor Jesus, do Sermão da Montanha: "Bem-aventurados os pacificadores, porque eles herdarão a terra."

Foi a oportunidade para lembrar como muitos conflitos surgem pela obsessão de grupos étnicos e tribos de "possuir a terra" expulsando os outros, aqueles que não são como nós. O evangelho nos ensina que a única maneira para possuir uma terra é trabalhar pela paz, e isso só é possível com a não-violência, mesmo como Jesus pede: " Ouvistes o que foi dito aos antigos: Não matarás. Aquele que matar terá de responder em juízo. Eu, porém, digo-vos: Quem se irritar contra o seu irmão será réu perante o tribunal; quem lhe chamar ‘imbecil’ será réu diante do Conselho; e quem lhe chamar ‘louco’ será réu da Geena do fogo. Se fores, portanto, apresentar uma oferta sobre o altar e ali te recordares de que o teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa lá a tua oferta diante do altar, e vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão; depois, volta para apresentar a tua oferta.. "

No final da oração, Eric, um jovem estudante de medicina, de etnia Munyamulenge, agradeceu a comunidade, porque esta oração quebrou o medo e a síndrome do cerco que estão a experimentar os Banyamulenge na cidade nas últimas semanas, contou como ele próprio foi assaltado na rua por causa do seu sotaque, e de como foi defendido por algumas mulheres idosas que lhe conheciam. E depois lançou um apelo para que os lugares de culto sejam respeitados: eles são - disse ele - a casa de Deus e não dos nossos grupos étnicos.