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26 de setembro de 2000 |
Irm�s e irm�os car�ssimos, Este centro hist�rico de Lisboa, onde hoje fraternalmente nos abra�amos, foi no passado palco de viol�ncias intoler�veis contra o povo hebreu. Nem devemos esquecer, neste lugar, a triste sorte dos "crist�os novos": as press�es para se converterem; os motins, as supeitas, as dela��es, os processos da Inquisi��o. Como comunidade majorit�ria nesta cidade, h� perto de mil anos, a Igreja Cat�lica reconhece profundamente manchada a sua mem�ria por esses gestos e palavras, tantas vezes praticados em seu nome, indignos da pessoa humana e do Evangelho que ela anuncia. Em atitude de convers�o pessoal e comunit�ria, quero retomar hoje, solenemente, perante Deus e diante de todos v�s, a advert�ncia do Concilio Vaticano II: A Igreja Cat�lica em Lisboa "reprova como contr�ria ao esp�rito de Cristo qualquer descrimina��o, ou qualquer persegui��o feita por quest�es de ra�a ou de cor, de condi��o de vida ou de religi�o. E... roga ardentemente aos [seus fi�is] que ...fa�am quanto deles depende para estarem em paz com todos (cf. Rom 12,18), de modo que sejam verdadeiramento filhos do Pai que est� nos c�us (cf. Mt 5,45)." (Nostra Aetate, 5). + Jos�, Patriarca de Lisboa |