Comunità di S.Egidio


 

23/07/2003

Tratamento com anti-retrovirais
Mulheres com HIV podem gerar filhos s�os
fundamenta Cristina D'Angelo, Coordenadora do Projecto do Centro

 

MULHERES infectadas pelo v�rus de HIV/SIDA deram � luz filhos s�os, depois de terem sido envolvidas num tratamento antiretroviral, no Centro de Sa�de da Matola, em Maputo.

Segundo a coordenadora, depois dos 25 dias de gravidez, elas s�o encorajadas a fazer teste de HIV, onde s�o aconselhadas a encarar a realidade do resultado das an�lises. Se o resultado das an�lises for positivo, elas recebem o tratamento para evitar que o rec�m - nascido seja contaminado pelo v�rus. "Das 160 crian�as de m�es seropositivas nasceram s�s, apenas 3 � que foram geradas seropositivas, que at� ao momento est�o a receber tratamentos para aumentar mais os seus dias de vida" - disse.

Numa tentativa de explicar o porqu� ou �s vezes os beb�s nascerem seropositivas, depois das m�es terem recebido o tratamento, ela disse que, esses casos acontecem quando a mulher em estado de gravidez, n�o toma adequadamente os medicamentos receitados pelo m�dico.

A mulher depois de dar � luz, continua a receber o tratamento para garantir a vida da crian�a, e ela n�o deve amamentar a crian�a, porque corre o risco de contamin�-la.

O rec�m-nascido � dado o medicamento depois de 72 horas da sua vinda ao mundo, como forma de anular a intensidade do v�rus, em casos que ele possa ter sido contaminado no ventre da m�e, e depois segue-se o controlo da m�e e da crian�a, durante um ano, esclareceu.

Entretanto aquele tratamento com antiretrovirais, j� vinha sendo executado naquele centro de Sa�de h� um ano que � financiado pela Comunidade de Sant'Eg�dio, acompanhado de uma boa nutri��o, como forma de garantir o fortalecimento do organismo gratuito para toda a mulher gr�vida que queira fazer an�lises e receber tratamentos.

Cristina revelou ainda � nossa Reportagem que, as pessoas ainda t�m tido o medo de fazer o teste de HIV, motivo pelo qual, a Comunidade de Sant'Egidio sentiu a necessidade de se estabelecer um centro de aconselhamento, onde as mulheres sobretudo gr�vidas possam ser sensibilizadas a fazer o teste de HIV/SIDA, e a compreender melhor a import�ncia e o objectivo do tratamento com antiretrovirais, no combate � redu��o do �ndice de rec�m-nascidos infectados pela pandemia, transmitidos pelas m�es durante o estado de gravidez, e que elas depois de receber o tratamento possam viver mais anos, sendo seropositivas.

A nossa fonte disse que, as mulheres depois da tratamento, s� podem fazer um n�mero reduzido de filhos, no m�ximo dois, porque o organismo encontra-se num estado debilitado, e durante o tratamento o organismo precisa de ter uma boa nutri��o.

Apesar deste ser gratuito, h� mulheres que abandonam o tratamento, por falta de f� no tratamento que os antiretrovirais lhes possa conceder.

Por�m, durante a sensibiliza��o, elas s�o apeladas a fazer o teste com os seus maridos, como forma de evitar a contamina��o da pandemia, depois de um deles ter recebido o tratamento. "Mas, notamos um n�mero reduzido de homens, que v�m junto �s suas mulheres para fazer o, teste" - acrescentou.

"Mobilizamos para que eles possam entender que os Antiretrovirais usados naquele centro s�o os mesmos fornecidos nos pa�ses ocidentais e d�o a probabilidade da pessoa viver mais 30 anos e fortalece o organismo" - disse D'Angelo.

Todavia, segundo os dados feitos at� a semana passada, naquele centro revelados pela Doutora Sandra Loreira, das 1900 pessoas que fizeram o teste de HIV/SIDA, 330 mulheres � que foram infectadas pelo v�rus, que at� ao momento est�o a ser acompanhadas no tratamento.