Comunità di S.Egidio


 

O Pa�s

24/08/2004

Em v�rios postos de preven��o e tratamento de HIV/SIDA
Sant`Eg�dio testou mais de 11 mil pessoas desde 2002
actualmente, est� fixado em 300 USD/ano o tratamento de um doente com SIDA, usando medicamentos gen�ricos

 

Os postos de preven��o, tratamento e mitiga��o do impacto da SIDA pertencentes � Comunidade de Sant`Eg�dio, distribu�dos por v�rias regi�es do territ�rio nacional, j� submeteram a testes volunt�rios de HIV, pouco mais de 11 mil pessoas. Segundo dados facultados por fontes desta organiza��o humanit�ria italiana, estes n�meros s�o referentes aos �ltimos dois anos, isto �, desde a altura em que a Sant`Eg�dio iniciou o programa DREAM em Mo�ambique.

Os �ndices de infec��o destas pessoas que se submeteram a testes volunt�rios da SIDA situam-se na casa dos dez por cento na sua globalidade, o que significa que, das 11 mil pessoas que se submeteram ao exame de HIV/SIDA, perto de mil e cem acusaram positivo.

Segundo soubemos, nalguns centros de testagem situados na regi�o central do pa�s, os �ndices de infec��o chegaram a cifrar-se na casa dos 20 por cento e nos da zona sul, os �ndices de infec��o colocaram-se em perto de 8 por cento. Por seu turno, a regi�o norte do pa�s apresenta-se como a regi�o que menos casos de SIDA tem, pois, a taxa de infec��o encontrada, de acordo com a testagem feita pelos centros da comunidade Sant`Eg�dio variam de 4 a 7 por cento. Mas, de acordo com as projec��es efectuadas pelo Instituto Nacional de Estat�sticas, esta regi�o do pa�s, apresenta tend�ncias de crescimento r�pido podendo, at� ao final do presente ano, alcan�ar 9 por cento de seropreval�ncia.

Algumas pessoas que, neste processo de testagem, acusaram positivo est�o neste momento a receber os cuidados integrados oferecidos, a custo zero, pela Comunidade de Sant`Eg�dio. Porque, nem todos os infectados pelo v�rus que provoca a SIDA requerem tratamento anti-retroviral, a Comunidade de Sant`Eg�dio teve de seleccionar os doentes, de acordo com os crit�rios previamente estabelecidos, e iniciar um tratamento integrado que inclui a medica��o antiretroviral.

Esta assist�ncia, n�o s�, se resume na disponibiliza��o de medicamentos anti-retrovirais, pois, a ajuda em termos de suplementos alimentares, as visitas domicili�rias, tamb�m fazem parte dos cuidados integrados � pessoas vivendo com o HIV/SIDA.

Porque maior parte dos centros de preven��o, tratamento e mitiga��o do impacto da doen�a est�o situados nas zonas peri-urbanas, a Sant`Eg�dio prioriza em grande medida os crit�rios geogr�ficos para a selec��o das pessoas que dever�o beneficiar de assist�ncia, tanto antiretroviral como de doen�as oportunistas associadas � SIDA.

Deste modo e, segundo soubemos de Paola Germano, coordenadora do Programa DREAM em Mo�ambique, maior parte das pessoas que, presentemente, est�o a receber tratamento anti-retroviral sob os ausp�cios do Programa DREAM da Sant`Eg�dio vivem nas proximidades destes centros. Este crit�rio, segundo disse, facilita a perman�ncia nas casas dos doentes, dos activistas que fazem o acompanhamento do estado de sa�de dos infectados.

A coordenadora do Programa DREAM, deu-nos a conhecer que neste momento, est�o a tomar a medica��o antiretroviral, atrav�s dos gen�ricos, um total de dois mil e quinhentos doentes e perto de 6 mil a receber assist�ncia para o tratamento de doen�as opoprtunistas que aparecem associadas � infec��o pelo v�rus da SIDA. Sabe-se que no in�cio do Programa DREAM em Mo�ambique, a Comunidade de Sant`Eg�dio s� assistia um total de 150 doentes, pois, o n�mero de m�dicos e activistas que assistiam os doentes estava em n�mero muito reduzido.

O crit�rio cl�nico � considerado fundamental no tratamento de pessoas com infec��o pelo v�rus que causa a SIDA, na medida em que, a pessoa pode contrair a doen�a sem desenvolver instataneamente a doen�a. Assim, segundo tal crit�rio, o doente s� pode come�ar o tratamento quando estiver com menos de duzentas c�lulas CD-4 no organismo.

�Existe primeiro um crit�rio internacional que � o cl�nico. N�o somos n�s quem definimos este crit�rio. N�s usamos o mesmo crit�rio que foi aceite pelo Minist�rio da Sa�de, aqui em Mo�ambique. Com base neste crit�rio temos de analisar rigorosamente as c�lulas protectors no organismo, ou seja, o CD-4 e carga viral. Depois temos de usar o crit�rio definido com base em quest�es geogr�ficas. Atrav�s deste crit�rio, s� recebemos pessoas que n�o moram muito longe dos nossos centros de tratamento. Este crit�rio � mais para garantir a assist�ncia domicili�ria aos nossos doentes�.

300 USD/ano por cada paciente com medicamentos gen�ricos

Como qualquer programa de grande dimens�o necessita de fundos para se tornar vi�vel e materiaz�vel, o DREAM tinha tamb�m de arranjar pontos fortes de sustentabilidade.

Assim, a comunidade de Sant`Eg�dio procurou formar parcerias com institui��es internacionais da Europa Ocidental e Am�rica do norte.

�O programa tem fundos da Europa, Estados Unidos. Foi poss�vel implementar um grande programa para o combate a SIDA porque recebemos grandes apoios como reflexo de os nossos parceiros terem constatado que os nossos programas s�o eficientes e contribuem em larga medida para a mitiga��o do impacto da doen�a em pa�ses com poucos recursos�.

O custo do tratamento actual para um doente padecendo da SIDA est� fixada em cerca de 300 d�lares norte americanos por paciente, isto, por um per�odo de doze meses.

Este valor � referente a um tratamento que se faz usando medicamentos antiretrovirais gen�ricos, normalmente, produzidos e importados a partir de pa�ses asi�ticos como a �ndia.

Os actuais custos de tratamento usando gen�ricos s�o considerados acess�veis porque h� alguns anos, estes medicamentos custavam o dobro do actual pre�o praticado no mercado.

Em rela��o a efic�cia destes medicamentos, a fonte considerou que, embora, n�o sendo originais os mesmos se podem considerar bastante eficazes, na medida em que, apresentam resultados bastante bons no que concerne ao melhoramento de pessoas que se encontram infectados pela doen�a.

Paola Germano adiantou-nos que, se tudo correr bem, a funda��o Bill Clinton, ir� conseguir fazer uma redu��o consider�vel dos custos dos medicamentos gen�ricos. Espera-se portanto, segundo soubemos, que reduza dos actuais 300 para cerca de 140 d�lares norte americanos, facto que a se confirmar vai tornar mais sustent�vel o programa.

�Esta iniciativa do ex-presidente americano � bastante louv�vel na medida em que vai fazer com que os governos tenham a capacidade de pagar medicamentos para a sua popula��o que se encontra infectada pelo v�rus. Para n�s, esta iniciativa vai tornar o programa muito mais sustent�vel, o que nos poder� permitir que consigamos aumentar o n�mero de doentes a beneficiar desta assist�ncia�.

O programa DREAM em Mo�ambique regista uma taxa de ader�ncia bastante elevada se comparada com o resto do continente onde este programa � desenvolvido.

Actualmente, esta est� fixada em cerca de 95 por cento, o que significa que s� cinco por cento dos doentes n�o acompanha at� ao fim o processo de tratamento.

Este sucesso, � resultado de as pessos estarem devidamente informadas que o tratamento inclui outros servi�os que comp�em a assist�ncia integrada aos doentes.

Fernando Mbanze