Resistir à corrupção é possível: fez isso Floribert, o jovem congolês de Sant'Egidio, que entregou a sua vida
Por ocasião do lançamento do livro "O preço de duas mãos limpas", o procurador de Roma Pignatone: "Floribert me faz lembrar de todos aqueles que também na Itália defenderam a justiça e os pobres, sacrificando a sua própria vida"
"A corrupção é um dos males que acompanham a vida dos homens", mas não é verdade que não se pode fazer nada, "Nós podemos fazer muito, algo importante ao dizermos os nossos sim e os nossos não". Disse isso o procurador-chefe de Roma, Giuseppe Pignatone, apresentando o livro "O preço de duas mãos limpas", que conta a história de Floribert Bwana Chui, o jovem de Sant'Egidio e funcionário congolês que, em 2007, pagou com a vida o seu "não" à corrupção.
Por ocasião do lançamento, na basílica de São Bartolomeu na Ilha, o presidente de Sant'Egidio Marco Impagliazzo sublinhou que a figura de Floribert mostra a gratuidade como valor revolucionário para o futuro da África na luta contra a corrupção, que tem sempre como primeiras vítimas os pobres. Um "mártir da corrupção", assim o chamaram o bispo auxiliar de Roma Matteo Zuppi, o subsecretário dos Negócios Estrangeiros Mario Giro, o jornalista Gerolamo Fazzini, e o político e escritor Jean-Leonard Touadi, que acrescentou: "Floribert mostra o cotidiano de Sant'Egidio em África: uma escola de valores, de empatia com a própria terra e de escolha para os pobres".