Hoje,os representantes da Comunidade de Sant’Egidio, de alguns países asiáticos - Paquistão, Indonésia, Camboja, Filipinas e Hong Kong - que estão em Roma para um congressosobre "A Coragem de Esperança", participaram da oração do Angelus com Papa Francisco na Praça de São Pedro.
Referimos as palavras do Papa, que no fim da oração dirigiu também a eles a sua saudação carinhosa
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O texto do discurso proferido pelo Papa:
Queridos irmãos e irmãs, bom dia!
Em primeiro lugar, gostaria de dar graças a Deus pelo dia que passei em Assis, anteontem. Pensai que era a primeira vez que ia a Assis e foi um grande dom fazer esta peregrinação precisamente na festa de são Francisco. Agradeço ao povo de Assis o acolhimento caloroso: muito obrigado!
Hoje, o trecho do Evangelho começa assim: «Os apóstolos disseram ao Senhor: “Aumenta a nossa fé!”» (Lc 17, 5-6). Tenho a impressão de que todos nós podemos fazer nossa esta invocação. Como os apóstolos, também nós dizemos ao Senhor Jesus: «Aumenta a nossa fé!». Sim, Senhor, a nossa fé é pouca, a nossa fé é débil, frágil, mas oferecemo-la a ti assim como é, para que Tu a faças crescer. Parece bom repetirmos juntos: «Senhor, aumenta a nossa fé»? Façamo-lo? Todos: Senhor, aumenta a nossa fé! Senhor, aumenta a nossa fé! Senhor, aumenta a nossa fé! Faz com que ela cresça!
E o Senhor o que responde? Diz: «Se tivésseis fé como um grão de mostarda, diríeis a esta amoreira: “Arranca-te daí e planta-te no mar” e ela obedecer-vos-ia» (v. 6). A semente de mostarda é muito pequena, contudo Jesus diz que é suficiente ter um pouco de fé, mas deve ser verdadeira, sincera, para fazer coisas humanamente impossíveis, impensáveis». Todos conhecemos pessoas simples, humildes, mas com uma fé fortíssima que deveras movem as montanhas! Pensemos, por exemplo, em certas mães e pais que enfrentam situações muito difíceis; ou em certos doentes, até gravíssimos, que transmitem serenidade a quem os vai visitar. Estas pessoas, precisamente pela sua fé, não se vangloriam do que fazem, aliás, como exorta Jesus no Evangelho, afirmam: «Somos servos inúteis. Fizemos o que devíamos fazer» (Lc 17, 10). Quantas pessoas no meio de nós possuem esta fé forte, humilde, e que faz tão bem!
Neste mês de Outubro, que é dedicado em particular às missões, pensemos nos muitos missionários, homens e mulheres, que para anunciar o Evangelho superaram obstáculos de todos os tipos, e deram verdadeiramente a vida; como diz são Paulo a Timóteo: «Não te envergonhes, portanto, do testemunho de nosso Senhor, nem de mim, seu prisioneiro; participa comigo nos trabalhos do Evangelho» (2 Tm 1, 8). Isto diz respeito a todos: cada um de nós, na nossa vida diária, pode dar testemunho de Cristo, com a força de Deus, a força da fé. A pouca fé que temos, mas que é forte! Com esta força podemos dar testemunho de Jesus Cristo, ser cristãos com a vida, com o nosso exemplo!
E de onde tiramos esta força? De Deus, na oração. A oração é o respiro da fé: numa relação de confiança, de amor, não pode faltar o diálogo, e a oração é o diálogo da alma com Deus. Outubro é também o mês do Terço, e neste primeiro domingo é tradição recitar a Súplica a Nossa Senhora de Pompeia, à Bem-Aventurada Virgem Maria do Santo Rosário. Unamo-nos espiritualmente a este acto de confiança em nossa Mãe, e recebamos das suas mãos o Rosário: o Terço é uma escola de oração, uma escola de fé!
DEPOIS DO ANGELUS
Queridos irmãos e irmãs,
ontem, em Modena, foi beatificado Rolando Rivi , um seminarista daquela terra , a Emília, que foi morto em 1945, quando ele tinha 14 anos, em ódioà sua fé, culpado apenas de vestir uma batina nesse período de violência desencadeada contra o clero, que levantava a voz para condenar em nome de Deus os massacres, no imediato pós-guerra . Mas a sua fé em Jesus vence o espírito do mundo! Vamos dar graças a Deus por este mártir jovem, heróico testemunha do Evangelho. E quantos jovens de 14 anos, hoje, têm diante dos seus olhos este exemplo: um jovem corajoso, que sabia para ir, conhecia o amor de Jesus em seu coração e deu a sua vida por Ele. Um belo exemplo para os jovens!
Gostaria de recordar juntamente convosco as pessoas que perderam a vida em Lampedusa, na quinta-feira passada. Rezemos todos em silêncio por estes nossos irmãos e irmãs: mulheres, homens, crianças... Deixemos que o nosso coração chore. Rezemos em silêncio.
Saúdo com carinho todos os peregrinos, em especial as famílias e os grupos paroquiais. Saúdo os fiéis da cidade de Mede, aqueles de Poggio Rusco, e os jovens de Zambana e Caserta.
Um pensamento especial para a comunidade peruana de Roma, que trouxe em procissão a imagem sagrada do “Señor de los Milagros” . Vejo de aqui esta imagem, ali, no meio da praça. Saudamos todos o Señor de los Milagros, ali, na praça! Saúdo os fiéis do Chile e do grupo Bürgerwache Mengen da diocese de Rottenburg -Stuttgart, na Alemanha.
Saúdo o grupo de mulheres que vieram de Gubbio, pela chamada "Via Francigena Franciscana"; saúdo os responsáveis da Comunidade de Sant’Egidio de vários Países asiáticos - são bons, estes de Sant'Egidio! Saúdo os doadores de sangue da ASFA de Verona e os do AVIS de Carpinone; o Conselho Nacional do AGESCI, o grupo de aposentados do Hospital Sant'Anna em Como, o Instituto das Canossianas de Brescia e a Associação "Missão Effatà".
Desejo a todos um bom domingo. Bom almoço e até à próxima!
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