“A fé passa, por assim dizer, por um alambique e se torna ideologia. E a ideologia não convoca. Nas ideologias, Jesus não existe, não existe sua ternura, seu amor e sua mansidão. As ideologias são rígidas, sempre. E Quando um cristão se torna discípulo da ideologia, perdeu a fé: deixou de ser discípulo de Jesus, é discípulo desta forma de pensamento... E por isso Jesus diz: ‘vos apoderastes da chave da ciência’. O conhecimento Dele se transformou num conhecimento ideológico e também moralista, porque eles fechavam a porta com muitas prescrições" .
Jesus, prosseguiu o Papa , disse-nos isso: "Vós carregais sobre os ombros do povo muitas coisas; somente uma é necessária". Este, então, é o processo "espiritual, mental" de quem quer a chave no bolso e a porta fechada:
"A fé se torna ideologia e a ideologia assusta! A ideologia espanta as pessoas e afasta a Igreja do povo. Mas é uma doença grave a dos cristãos ideológicos. É uma doença, mas não é nova, não é? Já o apóstolo João a tinha mencionado na sua primeira carta. Os cristãos que perdem a fé e preferem as ideologias. A sua atitude é: tornar-se rígidos, moralistas, especializados em ética, mas sem bondade. A questão pode ser esta, certo? Mas porque um cristão pode se tornar assim? O que acontece no coração daquele cristão, daquele sacerdote, daquele bispo, ou daquele Papa, que se torna assim? Simplesmnete uma coisa: aquele cristão não reza. E se não houver oração, tu sempre fechas a porta".
(Homilia na Santa Marta 17 de Outubro de 2013)
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