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6 Srpen 2012

Representantes de várias associações da sociedade civil reuniram-se há dias na cidade de Nampula para reflectirem sobre a importância e valor da preservação dos princípios do Acordo Geral de Paz (AGP), assinado entre o Governo e a Renamo a 4 de Outubro de 1994 e que pôs fim aos dezasseis anos de guerra no país.

Nampula reflecte sobre Acordo de Paz

 
verze pro tisk

O encontro surgiu por ocasião da passagem, no próximo mês de Outubro, dos 20 anos desde que o referido acordo foi rubricado pelo Governo e a Renamo na capital italiana. 

Os presentes ao encontro foram unânimes em considerar que a paz em Moçambique é uma realidade inquestionável, irreversível e que está a permitir que o país seja destino de grandes investimentos nacionais e estrangeiros, ganhos que, consequentemente, contribuem para a melhoria das condições de vida dos moçambicanos. 
Porém, alertaram que a consolidação desse clima de paz que se vive no país pode ser posto em perigo, se todos nós, principalmente os políticos, não continuarem a ter a consciência sobre a valorização do acordo, que passa também pela fortificação da unidade nacional, combatendo sem tréguas o tribalismo e o regionalismo. 
A representante da Comunidade de Sant´Egídio em Moçambique, Kiara Turim, promotora da reunião de reflexão sobre o Acordo de Paz, disse estar satisfeita por constatar que ainda há muitas pessoas sensibilizadas no nosso país sobre a importância e significado deste acordo, pois que só assim é que os moçambicanos continuarão orgulhosos por terem conseguido acabar com a guerra desnecessária.  
“Após estes vinte anos da assinatura do Acordo Geral de Paz devemos nos recordar nós próprios o que é que fazemos para preservarmos a paz em Moçambique. Por conseguinte, sabemos que a paz nãoé só o fim da guerra, é o presente profundo da vida, das pessoas e da sociedade”, disse Kiara Turim.  
Acrescentou que a paz é um bem precioso e que para a sua manutenção é necessário pôr de lado a violência, o ódio e vingança entre as pessoas, defendendo, efectivamente, a dignidade de todos os seres humanos, acreditando sempre que cada homem e mulher têm valores. 
De acordo com a oradora “ainda temos que trabalhar para tirar do espaço para acabar com a violência e introduzir o amor na sociedade. É que continua ainda a haver muita violência nos corações, nas palavras e nas mãos das pessoas. Tudo isso é um insulto para as pessoas vítimas da guerra e violência”. 
Encontros do género poderão ser realizados na província de Nampula, desta feita envolvendo outras camadas da sociedade até o dia 4 de Outubro próximo, isso como forma de celebrar a data, dando a sua importância e valorização.